Resenha de Tinta: O Piso-Rouxinol

Série: A Saga Otori #1
Autor:Lian Hearn
Tradutor: XX
Número de páginas: XX
Editora: Martins Fontes
ISBN: 978-8533616059
Ano: 2002
Nota: 5/5

Sinopse: Em sua fortaleza de muralhas escuras, o senhor e assassino Iida Sadamu observa seu famoso piso-rouxinol. Construído com grande perícia, esse piso canta a cada passo de quem tente atravessá-lo. Nenhum ser humano consegue passar por ele sem ser ouvido. Mas, num remoto povoado das montanhas, na parte alta das terras vastas e antigas dos Três Países, mora um menino fora do comum. Ele ainda está por descobrir sua verdadeira identidade e o grande mistério que lhe confere o poder de destruir as ambições assassinas de Iida. Criado entre os Ocultos, povo isolado e voltado para o desenvolvimento da mente, Takeo conhece apenas os caminhos da paz. No entanto, ele tem os dons sobrenaturais da Tribo - uma audição extraordinária, a capacidade de estar em dois lugares ao mesmo tempo, o poder de se tornar invisível. Quando sua vida é salva pelo misterioso Senhor Otori Shigeru, Takeo inicia a jornada que o levará ao encontro de seu destino, no interior das muralhas de Inuyama. Em seu trajeto ele irá conhecer vingança e traição, honra e lealdade, beleza e magia, além da avassaladora paixão amorosa.

Resenha:

Encontrei esse livro por acaso no ano passado em uma banca de promoções perto de casa, fiz um post sobre essa compra (leia aqui) . Como ele estava na minha casa e nesse mês o autor era ‘L’ ataquei a leitura e WoW que leitura! Pode ir direto para a lista de clássicos. No início temos um mapa maravilhoso que fiquei um tempão admirando e decorando antes de começar o livro, e a cada menção a um território eu voltava lá para ver distâncias e direções.
A história se passa em um tempo e lugar inspirados no Japão Feudal. Mas como não é o Japão de verdade é ainda melhor! *o* Eu adoro a cultura japonesa de modo geral, mas tem uns períodos da história deles que são muito chatos (motivo pelo qual nunca terminei de assistir Samurai X, mas essa é outra história). A Lian brincou com a cultura japonesa e criou sua própria cultura. No início somos apresentados a uma aldeia dos Ocultos. São um povo que cultuam um único deus: o Oculto. A filosofia desse povo é a paz e harmônia entre eles. Não matam por prazer, não são guerreiros, são agricultores vivendo no interior de um vale em meio a muitas montanhas.

A maior parte do país é governada por Iida Sadamu um guerreiro e assassino sádico que sente uma raiva incontida pelos Ocultos. Quando a vila é atacada apenas um menino se salva e isso só acontece por 2 motivos: 1) ele estava nas montanhas quando a vila foi atacada, quando ele chegou e viu a destruição ele conseguiu de algum jeito escapar da espada de Iida, derrubá-lo do cavalo e sair correndo para a floresta. 2) havia um viajante no meio da floresta que o salvou dos perseguidores. O viajante era Otori Shigeru e é aqui que a história de Takeo o menino que um dia foi da tribo dos Ocultos começa.

Outros 2 personagens de muito destaque são as mulheres Kaede e Sra. Maruyama. O país é dividido em feudos que são liderados por clãs. O clã Maruyama é o único que herda pelo lado feminino, ou seja,Sra. Maruyama é a única líder de clã mulher e sua filha é sua herdeira (girl power!). Já Kaede vive no castelo de Nogochi como ‘hóspede’ para manter o pai dela na linha. Sendo que a mãe dela é prima da Sra. Maruyama o que a coloca na linha de sucessão também. Vivendo em mundo absolutamente patriarcal as duas tem que demonstrar muita força para não serem pisoteadas. Nem preciso dizer o quanto Iida odeia o poder da Sra. Maruyama, tanto que ele tenta a anos se casar com ela (mesmo ele já sendo casado, mas sua esposa além de fraca é doente assim como o filho deles).

A história é bem dinâmica ao estilo Japonês. Muitos personagens interessantes, muita intriga, aventura e coisas fantasiosas. Essa ‘mitologia’ criada e explorada pela Lian me encantou demais! Ainda estou em dúvida sobre a Tribo, um clã meio que escondido em que só os que participam sabem quem é quem, e apenas uns poucos de fora conhecem alguns membros. Não sei se confio neles, mas no próximo livro acredito que ela vai apresentar mais sobre eles. Minha opinião atual é que são uns desgraçados egoístas piores que mercenários tradicionais. Mas nada demais porque todos os clãs da história só sabem olhar para o próprio umbigo (nem um pouco humano #sqn rsrsrs).

Estou apaixonada pela história, entrou direto para os meus Favoritos! Já vou emprestar o livro para a Claúdia Chellot, autora de Deusa de Anília e professora de Japonês, vai que ela se anima a escrever algo com essa temática?! *o*

Era para ser uma trilogia, mas ao assistir ao booktrailer descobri que são 5!!! #morri #preciso #praontem Se quiserem ver no site da Editora é só clicar aqui.

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