[Resenha de Tinta] Ligeiramente Casados



Série: Os Bedwyns - Livro 01
Título original: Slightly Married
Autor: Mary Balogh
Tradutor: Ana Rodrigues
Número de páginas: 288
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580413212
Ano: 2014
Nota: 5/5

Sinopse:
À beira da morte, o capitão Percival Morris fez um último pedido a seu oficial superior: que ele levasse a notícia de seu falecimento a sua irmã e que a protegesse Custe o que custar!. Quando o honrado coronel lorde Aidan Bedwyn chega ao Solar Ringwood para cumprir sua promessa, encontra uma propriedade próspera, administrada por Eve, uma jovem generosa e independente que não quer a proteção de homem nenhum.
Porém Aidan descobre que, por causa da morte prematura do irmão, Eve perderá sua fortuna e será despejada, junto com todas as pessoas que dependem dela... a menos que cumpra uma condição deixada no testamento do pai: casar-se antes do primeiro aniversário da morte dele o que acontecerá em quatro dias. Continue lendo em...

Resenha:
Estou tentando identificar todas as emoções que estão passando por mim nesse momento... Nesse exato momento em que terminei a leitura (e estou enxugando os olhos ainda) desse livro maravilhoso... o que é esse livro?!

Um tanto mais calma, vamos por partes.
Quando li a sinopse e as orelhas achei algo meio Bridgertons e tal. Não que eu achei ruim, sou fãzérrima da Júlia Quinn. Mas não gosto de receita igual para bolos diferentes. Ledo e maravilhoso engano.
Os Bedwyns são a aristocracia pura e convicta de seu poder. Possuidores de um ducado, se acham a última bolacha do pacote... tem noção?
Pois é.
E como em toda família aristocrática, o primeiro filho é o herdeiro e o segundo vai ser militar. É desse cara que estou falando: Coronel Lorde Aidan Bedwyn. Chique né. Um homem severo, carrancudo (leia-se nunca sorri), austero e totalmente cumpridor de seu dever, seja ele qual for e com quem for, e dono de uma honra imaculada.
E é com esse senso de dever e honra que chega ao Solar Ringwood para dar a notícia a Srta. Eve Morris que seu irmão Percy está morto e que de agora em diante ele, o coronel, tem o dever de protegê-la. O que ele não esperava era que teria que ir tão longe nessa proteção.
“... Aquelas palavras – custe o que custar – pareciam pesar sobre seu pescoço. E estavam prestes a proferir uma sentença que definiria o resto da vida dele, bem no momento em que Aidan começara a ter sonhos diferentes. Só havia uma saída para proteger a irmã do capitão Morris.
Maldição, só havia uma saída.” Pág. 41
 Eve Morris é uma mocinha bem diferente de outras que já conheci. Eve é filha de um mineiro de carvão, mas é uma dama de criação e de coração. É destemida, generosa e muito, muito caridosa. Além de que, tem pensamentos bem moderninhos em relação a outros assunthos...rs
A saga dos Bedwyns contará a história dos seis irmãos
 “... – O senhor é mais velho ou mais novo do que seus irmão e irmãs? – perguntou ela.
Não sabia quase nada a respeito dele, percebeu. Ainda assim, o homem era seu marido.
- Sou o segundo, logo depois de Bewcastle – explicou Bedwyn. Então vem Rannulf, Freyja, Alleyne e Morgan. Nossa mãe era uma leitora voraz, principalmente de história. Foi ela quem escolheu nossos nomes um tanto excêntricos.” Pág. 73
         Quando o casamento deles se torna público, Eve se vê obrigada a comparecer a diversos eventos em Londres para que todos possam conhecer a mais nova Bedwyn. E com isso passa a conviver mais com seu ‘marido’ e descobre que ele é mais do que deixa ver.
 “... Então, o mais extraordinário aconteceu. O rosto de seu marido, sempre tão soturno e severo, relaxou aos poucos... ah, não bem em um sorriso. O rosto dele não sorriu. Nem a boca. Mas os olhos sorriram. Ficaram mais suaves e cintilaram com uma expressão que Eve só conseguiu descrever para si mesma como um sorriso.
E o mundo inteiro sorriu.” Pág. 184
  A escrita de Mary é linda. Suas descrições são detalhadas sem ser cansativas.
“... A água do córrego murmurava pelo leito de pedras até se juntar ao rio mais largo que delimitava o parque e cortava Heybridge, o vilarejo mais próximo. O vale era sempre um recanto reservado e adorável. Naquela manhã de maio, contudo, a beleza do lugar estava de tirar o fôlego. Os jacintos azuis, que não costumavam florescer antes de junho, foram seduzidos pelo calor primaveril e desabrocharam mais cedo. As azaleias também estavam em flor, de forma que as margens em declive do vale estavam atapetadas de azul e rosa.” Pág. 8
            Fazendo um comparativo com Júlia Quinn e Judith Mcnaught, acho que ela fica no meio. A fofa da Júlia tem um estilo mais engraçado, mais leve. Já a grande diva Judith nos leva a um sofrimento profundo, reviravoltas e, claro, finais felizes. Mary Balogh nos dá personagens alegres e histórias sofridas. Quase senti um desespero de tantos desencontros. E então... nossa! Foi tão emocionante e tão lindo que chorei... (é TPM). Quando faltavam 15 páginas para o final desacelerei quase parando...rs...não queria terminar...

            Sintam-se convocados pelo perfeito coronel lorde Aidan Bedwyn a lerem esse livro M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-O !!
            Em abril de 2015 finalmente mataremos a saudade dos Bedwyns! Lançamento de Ligeiramente Maliciosos!
Essa é a capa da edição americana...sem graça..rs

            Recomendo muitoooooooo!








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