[ENTREVISTA DE TINTA] CELLY BORGES

Foto -Celly Borges

Olá Pessoal.
Em homenagem ao Dia do Escritor Nacional publicamos hoje uma Entrevista com a "foufa" Celly Borges.
Ela é autora do Livro O Menino que Perdeu a Magia (veja a nossa resenha) publicado pela Editora 42, Selo Fantas (Conheça um pouco da Editora).
Vamos conhecer um pouquinho da autora?
Celly Borges nasceu e sobrevive em São José dos Pinhais, PR. É apaixonada pelos livros. Escreve sobre eles também no blog Mundo de Fantas. Autora do romance infantojuvenil O menino que perdeu a magia.
Tem contos nos livros de fantasia Autores Fantásticos e Mundo de Fantas, na antologia de terror e humor Terrir, na coletânea pulp Lama, escreveu contos de horror para Insanas... elas matam!, Le Monde Bizarre - O Circo dos Horrores, Nevermore - Contos Inspirados em Edgar Allan Poe, e o eBook Barbara está morta e outros contos de horror. Além do livro infantil Em busca do arco-íris de sonhos sob o nome Gisele Borges.
É fã de Michael Ende, Roald Dahl, Diana Wynne Jones, Mary Shelley, entre muitos outros. Tem três gatos foufos, Dorian, Hero e Anakin. (Retirado do Skoob)
Vamos a entrevista que a linda da Agatha Borboleta fez com a autora?
Com vocês, Celly Borges:

MT: Seja bem-vinda ao nosso cantinho. Quando eu fui chorar no seu ombro virtualmente você me convidou para tomar um ‘café com bolachas’, agora é a minha vez, ‘Aceita um chocolate quente com bolinhos, para acompanhar a entrevista?’ 
Celly: Amo chocolate quente e bolinhos, vou ficar bem feliz! 



MT: Como começou sua carreira de escritora? 

Celly: Na verdade eu não sei a certo, eu escrevia bastante nos cadernos e depois na internet, e de repente me vi querendo contar histórias de horror e juvenis. Não consigo escolher um gênero só. Ah, também gosto de romances românticos – ainda escreverei. Até o começo do ano eu tinha publicado apenas contos de horror e fantasia, além de um livro infantil. Mas já tinha uma parte da história de “O menino que perdeu a magia” escrita, então meu marido e editor disse: esse ano você vai publicar! Assim, pressionada (risos), voltei a escrever e saiu esse livro que, para mim, está perfeito. E repeti a parceria com a ilustradora Carolina Mancini, que já havia ilustrado o infantil “Em busca do arco-íris de sonhos”. 


MT: Como é a sua relação com os leitores? Ou melhor, como é a relação dos leitores com você? É comum entre os leitores atitudes como a minha de ir chorar com você sobre seus escritos? 
Celly: Adorei quando você veio falar comigo. Eu não consigo e nem quero me distanciar ou fazer de conta que estou acima dos leitores. Nós caminhamos juntos. Se não há história, não há leitor, ou se não há leitor, a história pode existir, mas não terá cumprida a missão de ser lida. E eu adoro conversar sobre livros. Sobre os meus e de outros autores. Muitas pessoas entram em contato para dizer o que acharam. Alguns leitores choraram e disseram que a história do menino Daniel tocou fundo. Isso é massa, me faz querer escrever mais e mais. 

MT: Seu marido também é do mundo literário, como é a parceria profissional de vocês? 

Celly: Nós trabalhamos juntos na editora “Página 42” (que engloba Fantas e Estronho), nós damos palpites nos textos um do outro. Trocamos ideias, isso é bem divertido. É gostoso poder trabalhar com quem faz bem. E estamos o dia todo juntos, temos que ser muito amigos para isso. Ele é meu grande incentivador, me ajuda a realizar meus sonhos e também realizamos os de outros autores. É mágico. 


MT: Como é escrever horror, fantasia e infantil? Como você consegue escrever sobre temas tão diferentes? 

Celly: As histórias querem ser contadas e eu estou aqui para colocá-las no papel. Não consigo pensar que, como autora, preciso escrever somente um gênero. Primeiramente sou leitora e gosto de ler de quase tudo, então isso reflete no que escrevo. Não vejo dificuldade em escrever para um e outro público. Estou escrevendo uma história juvenil um pouco mais sombria e essa tem a trilha sonora de King Diamond. Escrevi “O menino que perdeu a magia” ouvindo Ozzy Osbourne. Um pouco de rock, um pouco de magia e tudo fica perfeito. 


MT: Qual seu conto favorito em cada tema e por quê? 

Celly: De fantasia gosto muito do meu conto “A fuga do criador”, na antologia “Autores Fantásticos”, da Editora Argonautas. Conta sobre o encontro de Jules Verne com algumas de suas criações. Escrever sobre Verne foi um grande desafio e eu curti muito, porque pude saber um pouco mais sobre ele e suas obras. E de Horror é difícil falar apenas um, os meus preferidos são “Barbara está morta”, que saiu em formato ebook – com 4 contos ­– com este mesmo título. Fala sobre a fuga dessa mulher num tempo passado repleto de sombras, e sim, eu adoro dar spoiler nos meus títulos (risos). Também gosto muito do conto que saiu na antologia “Nevermore, contos inspirados em Edgar Allan Poe”, tem bastante sombra por lá. “Jackie”, da antologia “Le Monde Bizarre – O circo dos horrores”, tem um pouco de Frankenstein e uma dose de Jack, o estripador, além das sombras, é claro. Sim, eu gosto de um clima sombrio. 


MT: Fale um pouco sobre O menino que perdeu a magia, como foi a sensação de escrevê-lo? Você cita no livro que a história existe há muito tempo, mas só agora ela decidiu ser livro, por que agora? 

Celly: A história caminha há muito tempo, mas esse ano eu consegui terminá-la e voltar a escrever mais. “O menino que perdeu a magia” me trouxe a segurança de uma história que eu queria contar e que eu consegui passar exatamente como sonhei sempre. Eu queria falar sobre essa questão do abandono dos sonhos, das desesperanças das pessoas quando crescem, de ter que trabalhar e voltar para casa sem vontade de fazer nada, sem sorrir, sem querer dar um passo diferente na vida. Muitas pessoas são assim, se acostumam com o mesmo. E eu queria mostrar o diferente. E para mim foi o momento certo, não sei se antes ela ficaria redonda como agora. 


MT: Como foi o evento ‘Tu Frankenstein 2’? Você tem fotos que possamos ver? O livro de contos será vendido no país todo, ou só no Sul? 

Celly: O evento foi massa. Duda Falcão, autor e editor da Argonautas, fez o convite para essa ideia genial em que vários autores (brasileiros, argentinos, português, americano, francês...) se reuniram numa biblioteca e passaram a noite para escrever histórias de horror, como aconteceu com Lord Byron, Mary Shelley, por isso o nome “Tu Frankenstein 2”. Conheci autores legais, que são renomados, pessoas simples e queridas (sem ego inflado) e reencontrei amigos, passamos uma noite muito agradável e que, claro, no meu conto eu aproveitei todos que estavam lá para que virassem personagens e sofressem muito – porque eu adoro tragédias em minhas histórias de Horror. O livro ainda está sem data para sair, mas será vendido no Brasil todo e parece-me que na Argentina. 


MT: Conte-nos um pouquinho sobre a Fantas e a Estronho. (Eu sou apaixonada pelas capas dos livros) 

Celly: Ah, que massa que você curte as capas. Sempre quisemos fazer coisas diferentes. Capas, miolos, detalhes que nós, como leitores, adoramos encontrar em livros – apesar de que poucas editoras investem tempo para o acabamento de suas obras. A Fantas e Estronho publicam aquilo que acreditam, apostam nos autores e em suas obras. E gostamos muito quando os escritores respeitam as próprias obras e se divulgam


MT: Acho que já roubei seu tempo demais, por fim, o que você diria para os leitores que querem se tornar escritores? 

Celly: Imagina. Eu gostei bastante das perguntas. Bem, quem quer se tornar escritor precisa ler muito, muito, muito. E não escreva sobre o tema que está na moda. Escreva sobre aquilo que curte e não se limite nunca. Ah, e não pense que ao publicar seu trabalho acaba. Ele terá um início profissional, então se divulgue, converse com os leitores, corra atrás de fazer o sonho continuar real. Muitos autores pensam que a partir do momento em que a história se transforma em livro, vai se vender sozinha e pode passar a ignorar os leitores. Não tente ser recluso ou esnobe que isso não funciona, os leitores querem contato, querem conversar e saber mais sobre seu trabalho. E, novamente, leia muito! 

MT: Muito obrigada pela sua participação, foi um grande prazer tê-la aqui. 

Celly: Eu é que agradeço! E valeu pela entrevista! ^_^


E aí gostaram da Entrevista?
Além do Livro O Menino que Perdeu a Magia, Celly tem também outros contos publicados em várias antologias que você pode ver na página da autora no skoob.
O livro O Menino que Perdeu a Magia pode ser encontrado na loja virtual da Editora Estrondo.
E atenção!!!!!!!!
Quem comprar em Julho e Agosto "O menino" e/ou "Mundo de Fantas", ajuda a ONG Beco da Esperança, que cuida de animais abandonados. A autora vai doar seus  direitos e a editora doará + 5% sobre as vendasE se quiser o livro autografado é só marcar a opção na compra.
Quer conhecer mais da autora?
Acesse o blog:
 Mundo de Fantas

Celly Borges é uma "foufa" não é?

Esperamos que você tenha gostado,
Aproveitamos para Desejar a todos os autores nacionais parabéns pelo seu dia. Desejamos muito sucesso em suas jornadas.

4 comentários

  1. Uma foufa que escreve maravilhosamente bem. Sou muito fã da Celly e já li muito do que ela escreveu e ainda quero ler mais. Temos muitos gostos literários parecidos, apesar de eu ter TOC em relação a histórias de terror. As personagens que ela cria mexe com nossos sentimentos, tocam fundo em nosso coração e nos carregam pela mão para viagens fantásticas.
    Celly, desejo muito sucesso e que você escreva mais histórias que nos encantem.

    Beijos doces da Corujinha Chellot.

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  2. Adorei!! Deve ser muito legal ter uma pessoa tão pertinho (o marido) que se identifica conosco, né? Parceria sem igual!

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  3. Adorei as perguntas, Nedina. =***

    Flávia, é bem divertido! =)

    Chellot, vc é uma foufa sempre. Obrigada pelo carinho e pelas dicas de livros e espero que um dia pare com o TOC em histórias de terror hihihi

    bjocas.

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  4. Que legal a entrevista! A escritora é muito querida.

    Ótimo final de semana!

    Beijos
    Nati

    www.meninadelivro.com.br

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