[Resenha de Tinta] O Amor nos Tempos do Cólera

 
Título Original: El Amor en los Tiempos del Cólera
Autor: Gabriel García Márquez
Tradução: Antonio Callado
Número de Páginas: 428
Editora: Record
Ano:1985

Sinopse:
 
     O Amor nos Tempos de Cólera constitui na obra de Gabriel García Márquez um marco equiparável ao do célebre Cem Anos de Solidão, considerado até hoje, a sua obra-prima. Um homem se apaixona pela trança de uma menina de família. O idílio dura algumas cartas, mas ao conhecer seu admirador, a moça rejeita-o e casa com outro. O amor, porém, persiste e dura a vida inteira. Nesta fábula de realismo-fantástico, Gabriel García Márquez mostra que a paixão não tem idade.


Resenha:
 
     Como se faz uma resenha de um livro "mais ou menos"?
     Mais ou menos interessante, mais ou menos cativante, mais ou menos agradável... "Mais ou menos" é a palavra que eu utilizaria para descrever este livro, pois foi essa a sensação que ele deixou.
    Comecei a ler com grande interesse, principalmente pelo nome do autor. Foi meu primeiro livro de García Márquez, e talvez eu tenha colocado muita expectativa por isso.
     Começamos até bem, com o suícido de Jeremiah de Saint-Amour e a investigação pelo Dr. Juvenal Urbino. Até agora não entendi bem para que esta introdução que nada tem a ver com a história principal, a não ser para demonstrar o caráter deste personagem. Nosso principal atuante neste livro é, na verdade, Florentino Ariza, que se apaixona perdidamente por Fermina Daza nos seus anos de mocidade. Ele, leitor ávido de poemas e romances logo consegue entabular uma troca de cartas com a moça, e assim um "noivado" começa. No entanto, o pai da jovem não é a favor do relacionamento e afasta os dois, com uma viagem da filha. Mesmo longe, os dois continuam o contato, e a distância, ao contrário de demovê-los do intuíto de ficarem juntos, só os aproxima mais.
     Ao voltar no entanto a sua cidade, Fermina vê Florentino e desapaixona-se. Assim, sem mais nem menos, vê que tudo aquilo era bobagem e rompe com o rapaz. Depois de algum tempo, casa-se, com as bençãos de seu pai, com o Dr. Juvenal Urbino.
Florentino, por sua vez, traça o rumo de sua vida: esperará Fermina enviuvar, ficará solteiro aguardando por ela até que possa ser sua.
     Essa é a parte "mais" do livro, afora seu final. Daqui em diante vamos ver a vida cotidiana de Fermina e a boêmia de Florentino, isto se dâ em boa parte do livro e, para ser bem honesta, poderiam ter colocado uma página em branco no meio do livro e dito "50 anos depois", que iria ser bem mais prático e interessante. Esta é a parte "menos".
     Detestei Fermina do início ao fim. Voluntariosa, orgulhosa e desesperada por agradar todo mundo, mesmo que pareça que só quer agradar a si mesma. Apenas no final muda um pouco sua atitude, o que não adianta para salvá-la da minha lista negra de "personagens mulheres com participação fraca". Florentino é um perfeito bobo apaixonado. Não me levem a mal, é lindo, sim, o fato de ele dedicar sua vida a uma mulher que o abandonou, esnobou e esqueceu, mas para mim é platonico demais, e eu não gosto de amores assim. Gosto de coisas de verdade, mesmo que sejam nas histórias. Quem merece mais crédito, e é mais real, é o Dr. Urbino, que teve sua mulher, suas realizações, sua vida... Um personagem completo.
     Agora o final, minha gente. O final é muito, muito bonitinho. Digo de verdade, que valeu a pena esperar para ver esse final. Acredito no amor em qualquer idade, e esta história é uma prova disso.
     No fim, continuo a dizer, que ainda não decidi se gosto ou desgosto deste livro. Mas a história vale a pena.
 
Este livro é para o desafio literário 2013 - Maio: Livros citados em filmes.
 
 
 
 
 

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