[Resenha de Tinta] Lulital

Autor: Pri Beletato
Número de Páginas:152

Editora: Dracaena
ISBN: 9788564469419
Ano: 2011
Nota: 7/10

Sinopse: As vésperas de seu aniversário Cindy tem sua vida transformada pela descoberta de um mistério cujo ápice gira em torno da morte da própria mãe. Ao se aprofundar neste mistério ela descobre um mundo paralelo ao nosso, onde seres mágicos ganham vida e acaba descobrindo sua verdadeira identidade. Em meio a tantas descobertas se vê parte de uma antiga lenda a qual ela terá de protagonizar se quiser salvar este reino mágico recém descoberto, além de descobrir o que aconteceu com sua mãe. Entre tantas aventuras e mistérios Cindy ainda terá de lidar com um repentino romance, o qual poderá colocar em risco muito mais que sua própria vida. 

Resenha: 

    Antes de mais nada quero deixar claro que acredito no talento da autora. Mesmo assim, Pri, você precisa de prática. 
     Estou enrolando com essa resenha a dias já, porque não sabia como dizer qual era o problema do livro. A história, o enredo é bom. Fadas! Eu amo fadas! Então qual era o problema? Porque eu não consegui me identificar com a Cindy? Com nenhum personagem na verdade. Lendo Assassin's Creed percebi qual era o problema. A ambientação. Isso mesmo, sabe aquelas frases que te levam de um cenário a outro? O inicio de um capítulo quando há uma quebra e o autor conta uma historinha no primeiro paragrafo antes de continuar a cena anterior? Não tem isso em Lulital. É tudo muito seco, rápido. Em tres páginas conhecemos a Cindy, seu pai, sua avó e seu problema. Em tres páginas ela muda de cidade e de vida, e se adapta a essa nova vida! Oh meu Deus, cade a fluência? Não da tempo de se acostumar, de se apaixonar. 
      Falando em paixão, o que foi o romance citado na sinopse? Amor a primeira vista?! Mal aí, mas não convenceu não. Então ela se apaixonou pelo garoto porque ele era bonito? Só por isso? Não que o personagem depois não tivesse demonstrado outras qualidades, mas o coração dela bateu mais forte quando o viu só porque ele era bonito?! 
       E os cenários?! Alguém aí já viu o filme novo do Conan? Perceberam que ele está numa praia, ainda uns 100m e chega numa pedraria alta? Anda mais um pouquinho e está numa floresta densa? É mais ou menos assim em Lulital. Você está em um lugar e de repente está em outro. Como se a Pri fosse apenas colocando para fora o que pensava. Tudo bem, é assim que imagino que seja o processo criativo. Mas e a lapidação depois?!
       Ainda acho que não consegui me expressar direito. Digamos que se eu tivesse menos de 12 anos poderia ter me apaixonado pelo livro. E que se comparármos o livro com um vinho, faltou uns anos de amadurecimento no barril. Retiraram ele ainda aguado demais para servir. 
        Mas como sempre, é melhor que cada um leia e tire suas próprias conclusões.
        Quase esqueci. Segundo o final do livro tem uma continuação, como ainda não foi divulgada não sei nem o título. Apenas rezo que a Pri esteja mais madura como autora e melhore os pontos que citei. Como eu disse, talento ela tem de sobra ;)
      Essa foi uma leitura para o DL da Sombra do Vento do mês de Fevereiro (1 dia de atraso tem perdão? *.*) e também para o Desafio Realmente Desafiante Item 5 - Ler um livro que o autor tenha a mesma inicial que a sua.

Um comentário

  1. O tems do livro realmente não desperta meu interesse, mas resolvi parar pra ler sua resenha, e nossa, adorei. Tá tão bem feita!
    Beijos

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